Quando passamos por momentos dolorosos, necessariamente passamos pelo processo de ajuste emocional.
Existe uma frase antiga que fala que na dor temos a oportunidade para crescer, e tantas outras frases que giram em torno dessa lógica.
Tanto a dor quanto o sofrimento fazem parte da vida, isso é inegável.
Muitas vezes utilizamos esses dois termos como sinônimos, porém, se paramos para reparar, eles são bem diferentes.
A dor, enquanto processo fisiológico de ordem física/carnal, é um mecanismo de defesa e alerta do corpo e os avanços da ciência, graças às anestesias e aos analgésicos, nos deixaram menos acostumados a senti-la do que os nossos antepassados.
Já o sofrimento está para além da dor, é um desdobramento não obrigatório da dor.
Quando não conseguimos estratégias para enfrentamento dessa dor, seja ela rápida ou mais demorada, o sofrimento aparece.
Apesar de estar falando ainda do ponto de vista físico, podemos observar uma semelhança de comportamento com as dores e sofrimentos emocionais. Não é verdade!?
Depois de um acontecimento doloroso, temos a oportunidade de replanejar como desejamos reconstruir nossos cenários e quando optamos por prolongar o estado de sofrimento, abrimos mão de promover o aprimoramento da nossa resiliência bem como características próprias de transmutação que podemos ter e não conhecemos.
Outra frase popular conhecidíssima acerca do tema é: “Se a dor é obrigatória, o sofrimento é opcional!” O fato é que é impossível não sofrer por alguma dor em algum momento da vida, mas, já que sabemos que o sofrimento tem a possibilidade de ser abreviado mais rápido que a dor, então porque não tentar fazê-lo?
No caos da dor, física ou emocional, sempre surge espaço para uma nova ordem, um novo aprendizado, um novo olhar, uma nova força, um nova postura, então, no caos da dor, não prolongue o sofrimento, aja, reaja, e formule seu melhor analgésico.